Autoria de: Ana Paula Paes Pinheiro
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade Integrada Brasil Amazônia, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito
Orientação de: Prof. Me. Anísio Robinson Pinheiro Santos
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo estudar as condições de saúde das mulheres gestantes no sistema penitenciário brasileiro. Atualmente, a realidade carcerária do país é preocupante, uma vez que a maioria das unidades prisionais não possuem estruturas física e sanitária mínimas para abrigar essas mulheres, o que provoca o aumento e a proliferação dos mais diversos tipos de doenças. A gestação é um período de vida em que as mulheres se encontram numa situação de vulnerabilidade, precisando receber cuidados especiais, como maior suporte psicossocial e medidas que auxiliem no cuidado a sua saúde. Em contraste com essas necessidades, o sistema carcerário do Brasil revela imagens de total desrespeito aos direitos fundamentais, em especial à saúde, pois, na maioria das unidades prisionais do país, não são fornecidos às gestantes os tratamentos de saúde recomendados para o saudável desenvolvimento do feto, sendo as mesmas colocadas em celas insalubres e sem qualquer saneamento básico, bem como a alimentação fornecidas desprovidas dos nutrientes necessários para uma boa gravidez. Concernente a Base empírica adotada, é de se ressaltar as lições de Sarlet (2009), Leite (2018), Cerneka (2009), além da Constituição Federal do Brasil de 1988 e da Lei de Execução Penal, para assim obter os resultados pretendidos pelo presente estudo, qual seja de estimular o debate sobre a situação de saúde dessas mulheres gestantes encarceradas, situação em que a indiferença com a saúde tem sido a regra, ao passo que a reintegração na sociedade de forma digna e saudável tem sido a exceção. A metodologia abordada foi dedutiva, através da análise de livros, documentos, artigos, instrumentos legais e normativos.