Autoria de: Mônica Freitas da Silva e Priscilla Mendonça de Carvalho
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade Integrada Brasil Amazônia, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem
Orientação de: Prof.ª Me. Renata de Jesus da Silva Negrão
RESUMO
A epidemia do HIV/AIDS está ocorrendo em todas as faixas etárias e observa-se que tem ocorrido um aumento significativo no número de casos em idosos. Devido a diminuição da mortalidade e o aumento da expectativa de vida, os idosos vem sendo a população que mais cresce mundialmente, levando assim ao envelhecimento populacional. Com o prolongamento da esperança de vida, as medicações para disfunção erétil, tratamentos para reposição hormonal, tem impulsionado uma vida sexual mais ativa do idoso. Objetiva-se caracterizar o perfil dos idosos com HIV/AIDS cadastrados no Serviço de Assistência Especializada. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, de caráter descritivo, retrospectivo, por meio da abordagem de prontuários dos pacientes com idade superior a 60 anos, em acompanhamento ambulatorial no SAE do Hospital Universitário João de Barros Barreto, no período de Janeiro de 2014 a Dezembro de 2017. Os resultados dos prontuários analisados nos mostrou que, a maioria mora em Zona Urbana (94%), com idade entre 60-64 anos, do sexo masculino (67%), pardo (83%), solteiro (40%), declararam ter uma religião (63%), residem sozinho (44%) e com o ensino fundamental incompleto (63%); a infecção ocorreu apenas por contato sexual (60%), com tempo de diagnóstico a menos de um ano (56%), a descoberta da infecção foi a nível ambulatorial (57%), todos foram internados durante o acompanhamento ambulatorial (100%), não continham nos prontuários as informações sobre a vida sexual atual e não houve uma abordagem da equipe multiprofissional sobre sexualidade na terceira idade e prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (90%). Concluindo assim, que os idosos merecem ter uma atenção especial quanto a orientação pela equipe multiprofissional nas consultas sobre prevenção de IST’s e sexualidade, além do impacto de doenças oportunistas que acometem os pacientes com Aids, pois mesmo com a disponibilização dos antirretrovirais no SUS sendo gratuita, nota-se a baixa adesão ao tratamento entre os pacientes.