Autoria de: Amanda Ribeiro Leal, Brenda Caroline dos Santos Pinheiro e Ingryd Rayssa Duarte Lobato
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade Integrada Brasil Amazônia, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Biomedicina
Orientação de: Prof.ª Dr.ª Claudia Simone Baltazar de Oliveira
RESUMO
No Estado do Pará, a mandioca (Manihot esculenta Crantz) apresenta destaque na dieta alimentar de sua população, como matéria-prima para a elaboração de diversos pratos típicos, dentre eles o tacacá. No entanto, o consumo desse alimento pode levar a exposição ao ácido cianídrico (HCN). A exposição ao HCN ocasiona danos bioquímicos e até deletérios nos organismos biológicos a nível celular. Nesse aspecto, o objetivo da pesquisa foi avaliar a exposição ao cianeto pela via inalatória de comerciantes de Tacacá no município de Belém/Pará. O estudo é observacional do tipo transversal e analítico realizado durante o ano de 2019 em amostra biológica (sangue) de comerciantes de Tacacá e de grupo controle. As informações sócio demográficas foram obtidas através de um questionário por entrevista durante visitas aos bairros. Foi realizado a dosagem de cianeto livre (HCN) e de Metahemoglobina (MeHb) por meio da espectrofotometria Uv. A análise de dados é do tipo quantitativo, apresentado em gráficos e tabelas. Os elementos do conjunto de dados foram avaliados através de estatística descritiva como média e desvio padrão, além de testes de análise de variância e correlação de Pearson. O programa estatístico de escolha será o Bioestat 5.3, adotando p≤0,05. Com os resultados obteve-se a concentração média de HCN Livre das amostras da população exposta de 1,32 mg/L e não-exposta de 1,29 mg/L classificada como exposição moderada (p=0,0068). Os valores da dosagem de MeHb foram de 2,7% para o grupo exposto e 2,6% para grupo não-exposto encontrando-se dentro dos parâmetros estabelecidos. Dentre os parâmetros bioquímicos que mais mostrou alteração nos indivíduos expostos foi o triglicerídeos, apresentando uma média de 227,5 mg/dL. Desta forma, com o atual estudo a correlação entre MeHb e HCN demonstrada no grupo exposto, apesar de não mostrar significância estatística (p=0,8840), causa preocupação pela forma que ambos se relacionaram, pois, foi possível observar que quanto maior o nível de exposição ao cianeto, maior serão os níveis de MeHb.