Autoria de: Ana Paula Bastos Araújo e Masahiko Silva Arakawa
Orientação de: Prof. Me. Aldo César Figueira Sampaio
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Fibra, como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em História
RESUMO
O período marcado pela Era Vargas trouxe algumas características peculiares, dentre elas a retirada de todos os governantes do poder, abrindo o espaço que seria destinado a seus aliados políticos através da nomeação de “interventores”. No Estado do Pará, o interventor indicado por Vargas foi Magalhães Barata, que governou no período de 1930 a 1935. Ao longo da sua governança, Barata estabeleceu uma forte relação com o povo, que foi uma das estratégias marcantes de sua trajetória. Diante disso, este artigo teve como objetivo comparar a morte de Magalhães Barata noticiada nos periódicos “Folha Vespertina” e “O Liberal” no ano de 1959. Trata-se de uma pesquisa documental, cujos dados foram coletados por meio de fontes primárias, que foram os periódicos, “Folha Vespertina” e o “O Liberal”. Como resultados evidenciou-se que o Folha Vespertina foi criado em 1941, na cidade de Belém, pelo jornalista João Paulo de Albuquerque Maranhão, que foi um jornalista que participou de vários momentos de oposição contra políticos, principalmente contra Magalhães Barata. Do outro lado, o “O Liberal”, que foi fundado em 15 de novembro de 1946 por Magalhães Barata, tendo como objetivo principal dar suporte político ao interventor. Conclui-se que ambos periódicos acompanharam o processo de morte do governador Magalhães Barata durante os dias de luto, que se seguiram no Estado do Pará; eles usaram suas ferramentas narrativas, discursos e manchetes jornalísticas que permitiram identificar dois tipos de linguagens diferentes utilizadas por eles: uma mais descritiva, sem exaltar a figura do interventor (Folha Vespertina) e outra mais apelativa/emotiva, engrandecendo o seu papel como amigo do povo (O Liberal).