Autoria de: Beatriz Costa Martins e Ruth de Souza Assunção

Orientação de:  Prof.ª Dr.ª Daniella Paternostro de Araújo Grisólia

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Fibra, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.

RESUMO

A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica causada pelo fungo termo-dimórfico paracoccidioides, que atinge principalmente os trabalhadores rurais do sexo masculino, mais comum em adultos na idade de 20 a 50 anos. Não é uma doença de notificação compulsória apesar de sua relevância na América Latina, tendo a sua prevalência e incidência baseada em relatórios de levantamentos epidemiológicos, séries de casos, registros de hospitalização e dados de mortalidade, que apresentam-se em maior número de casos em regiões com áreas rurais. Este estudo teve como objetivo descrever aspectos epidemiológicos, clínicos e terapêuticos da PCM no Estado do Pará com a identificação dos medicamentos mais utilizados, os mais ativos e os menos ativos, e as possíveis reações adversas. Foram encontrados 12 artigos que respondiam os objetivos do estudo e que estavam dentro dos critérios de seleção. Nesses estudos foram descritos que o Brasil é responsável por 80% dos casos, em que o fungo se apresenta na forma micelial, a forma a produtora de conídios infectantes que quando inalados ou inoculados se transformam em células leveduriforme nos tecidos do hospedeiro, e assim manifestam-se sob duas formas clínicas, a forma aguda-subaguda e a forma crônica, com diferentes perfis, sendo no Estado do Pará a forma aguda-subaguda a mais predominante. Atualmente, são usadas três classes de fármacos no tratamento, como os derivados azólicos, as sulfonamidas e a anfotericina B. Embora esses medicamentos venham demostrando eficácia, ainda há um longo caminho para se obter uma padronização do tratamento, bem como no desenvolvimento de novas drogas que apresentem menores reações adversas e um menor período, e consequentemente, um tratamento oportuno. Portanto, os estudos demostraram limitações por conta da escassez de dados sobre a doença no tanto no Estado do Pará, quanto nas regiões consideradas endêmicas, por isso a compreensão da doença ainda necessita de muito conhecimento a desvendar, para se obter um controle e cura.