Autoria de: Raisa Silva Carvalho e Joyce Karlla da Silva Leão Nascimento
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade Integrada Brasil Amazônia, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Daniella Paternostro de Araújo
RESUMO
A Cromoblastomicose (CMB) é uma infecção fúngica da pele e tecido subcutâneo causada por implantação transcutânea de várias espécies de fungos melanizados, que ocorrem principalmente em zonas tropicais e subtropicais do mundo. Os locais mais acometidos são os membros inferiores, seguida pelos membros superiores, região glútea e tronco. O Estado do Pará é a principal área endêmica do país, sendo Fonsecaea pedrosoi o principal agente etiológico. O tratamento não é padronizado e diversas formas de intervenção são relatados na literatura. O objetivo do trabalho foipesquisar na literatura cientifica atual a farmacoterapia mais eficiente da CBM, caracterizando suas doses, esquemas e associações terapêuticas. Após o levantamento bibliográfico realizado em 17 artigos sobre a farmacoterapia da CBM identificamos que os antifúngicos mais utilizados foram: Anfotericina-B (ANF), 5-Fluocitosina (5-FLU), Tiabendazol (TBZ), Cetoconazol (CTZ), Terbinafina (TBF), Fluconazol (FCZ), Itraconazol (ITZ), Voriconazol (VCZ) e Posaconazol (PCZ). Entre esses antifúngicos, os mais ativos foram: VCZ, TBF, PCZ e ITZ com diferentes doses terapêuticas, e com relação as combinações antifúngicas mais eficazes na farmacoterapia da CBM observamos que ITZ + TBF foi a sugerida entre os artigos avaliados. Os resultados demonstraram que os antifúngicos indicados para o tratamento da CBM fazem parte dos derivados azólicos (VCZ, PCZ, ITZ, FCZ, CTZ), derivados da alilaminas (TBF), derivados poliênicos (ANF), derivados da pirimidina (FLU) e derivados dos benzimidazois (TBZ). Entre esses fármacos, o ITZ e a TBF foram os mais citados nos artigosavaliados. No presente trabalho, concluímos que o ITZ entre os antifúngicos estudados é o mais eficaz tanto em teste de suscetibilidade in vitro como em situações clínicas. Entretanto não há um consenso com relação a sua dose terapêutica a qual pode variar de acordo com o caso clínico.