Autoria de: Midiã Nazaré Reis Dickson e Samyra Saraty Pegado
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade Integrada Brasil Amazônia, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem
Orientação de: Prof.ª Me. Tatiana Menezes Noronha Panzetti
RESUMO
Objetivo: analisar o perfil epidemiológico e clínico de pacientes internados com Diabetes Mellitus tipo 2. Método: quantitativo, do tipo descritivo e exploratório, aplicado a um grupo de pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 internados no Hospital de Clínicas da cidade de Ananindeua, Estado do Pará. Os dados foram coletados no interstício entre setembro e outubro de 2018, cuja amostra aleatória não probabilística é composta por 88 pacientes com idade superior a 18 anos. A coleta de dados se deu por meio da aplicação de um formulário com variáveis epidemiológicas e clínicas. Para analisar os dados recorreu-se a estatística descritiva e aos testes de Correlação e Qui-quadrado. Resultados: os resultados do perfil epidemiológico demostram que predominam pacientes com faixa etária entre 60 e 79 anos (46,6%), do gênero feminino (56,8%), com ensino fundamental incompleto (62,5%), que não trabalham formalmente (77,3%), mas possuem renda mensal equivalente a 1 salário mínimo (78,4%), casados (36,4%), com residência própria (89,8%), de alvenaria (88,6%), com histórico familiar de diabetes (65,9%), são tabagistas (39,8%) e etilistas (40,9%), com pouca prática de atividades físicas (13,6% praticam). Com relação ao perfil clínico constatou-se que 55,7% dos pacientes possuem capacidade do auto cuidado, alta frequência de amputação (27,3%), baixo acompanhamento especializado, sendo 13,6% com nutricionista e 12,5% com angiologista, 40,9% controlam a glicemia capilar, 77,3% perdem peso, 76,1% tem poliúria, 68,2% manifestam polidipsia, 72,7% demostram nictúria, 29,5% relatam prurido generalizado, 65,9% evidenciam cicatrização lenta de ferimentos, 84,1% desenvolveram retinopatia, 14,8% apresentam nefropatia, 75% acometidos com neuropatia e 46,6% retratam controle emocional frente à doença. Quanto às complicações clínicas, identificaram-se associações entre: retinopatia e perda de peso (p=0,008); neuropatia e histórico familiar (p=0,004); cicatrização lenta de ferimentos e controle da glicemia capilar (p=0,031); cicatrização lenta de ferimentos e perda de peso (p=0,025); cicatrização lenta de ferimentos e histórico familiar (p=0,006); amputação e capacidade do auto cuidado (p=0,010); amputação e controle emocional frente à doença (p=0,003); amputação e gênero (p=0,025). Conclusão: as características do perfil epidemiológico e clínico dos pacientes estudados são propensas as complicações clínicas.