Autoria de: Bruna Barros Estumano
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Integrada Brasil Amazônia, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Direito
Orientador: Prof. Esp. José Rafael Albarelli de Luca
RESUMO
Com o passar do tempo e com o aumento da violência contra a mulher, em agosto de 2006 foi criada a Lei Maria da Penha, com o intuito de proteger com mais rigor as mulheres dentro do ambiente familiar doméstico, e com isto um grande e importante passo foi dado na sociedade. Porém, dentro deste âmbito familiar existem os filhos, crianças e adolescentes, que ainda sofrem violência doméstica, e estes, via de regra, permanecem calados, por entenderem ser um comportamento “normal” advindo de pessoas que, na verdade, deveriam oferecer proteção. Porém, por mais silenciosa que possa ser essa realidade, é comum a existência de casos em que crianças e adolescentes são violentadas física, psicológica e sexualmente por seus familiares. No presente artigo será apresentada uma situação em especial, qual seja, das adolescentes que sofreram violência doméstica, ou que presenciaram tal fato, e com o intuito de sanar as agressões, tanto físicas, quanto psicológicas ou sexuais, cometeram ato infracional, resultando na morte do agressor e consequente na aplicação de medida socioeducativa, inclusive internação em estabelecimento educacional. Será feita uma breve análise acerca da realidade das menores internadas no Centro de Socioeducação Feminino (CESEF), para, ao final, apresentar propostas para uma melhor ressocialização destas adolescentes. Neste artigo serão analisadas também as iniciativas de ressocialização que o referido Centro utiliza, bem como o acompanhamento psicológico realizado neste caso específico.