Autoria de: Amanda Costa Paula e Francimara Dias Souza
Orientação de: Prof.ª M.ª Eliene dos Santos da Silva Costa
Coorientador (a): Débora Ribeiro da Silva Barros
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Fibra, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia
RESUMO
Os neonatos em tratamento em Unidades de Terapia Intensiva, são pacientes críticos, fisiologicamente imaturos e que apresentam grande potencial para o desenvolvimento de patologias complexas. A farmacoterapia em UTIN é, geralmente, mais complexa pois são pacientes graves, que requerem atenção multiprofissional especializada de forma contínua e tecnologias necessárias ao diagnóstico, além de serem pacientes que apresentam maior risco de desenvolver eventos adversos decorrentes de Interações Medicamentosas (IM), visto que além do tratamento com múltiplos fármacos, há a complicação conferida pela gravidade do paciente. Desse modo o objetivo do presente trabalho é desenvolver uma ferramenta para auxiliar o farmacêutico no acompanhamento farmacoterapêutico em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e abordagem quali-quantitativa onde foram analisados prontuários de 62 pacientes recém-nascidos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). A coleta de dados ocorreu entre janeiro de 2023 a abril de 2023 em um Hospital de grande porte localizado em Belém-Pá. Com predominio de pacientes do sexo masculino 62%, idade gestacional 32 < 37 semanas que corresponde a 46,77% e peso ao de 2.500g a 3.999g. A Ictéricia Neonatal e Desconforto Respiratório não especifícado do RN foram os principais motivos de internação. A média de medicamentos por paciente foi de 27,13. Com relação as potenciais interações medicamentosas todas foram classificadas como moderadas. Os principais medicamentos prescritos de acordo com a classificação Anatomical Therapeutic Chemical (ATC), foram os farmácos do grupo J (anti-infecsiosos de uso sistêmico) 41,73%, seguido pelos farmácos do grupo N (sistema nervoso). Dentre os antimicrobianos mais prescritos, Ampicilina (34%), Gentamicina (19%) e Amicacina (14%), foram as mais prescritas, estando principalmente relacionados aos erros de dose, intervalo e concentração padrão.Seguido pelos medicamentos do sistema nervoso central 203, Os dois medicamentos mais usados na UTI foram Fentanil (5,96%) e Dipirona (5,82%). Considerando-se tamanha complexidade do quadro clínico desses pacientes e a escassez de estudos clínicos envolvendo o uso de medicamentos nessa população as práticas clínicas desenvolvidas pelo farmacêutico no qual presta cuidados para otimizar a terapia medicamentosa, são extremamente relevantes para a evolução do quadro dos pacientes, destacando-se dentre elas, o uso de ferramentas para o auxílio no acompanhamento farmacoterapêutico.