Autoria de: Ianara Pereira Coelho e Juliana Amaral Nagata
Orientação de: Prof.ª Dr.ª Sarah Regina Pereira Camelo.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Fibra, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.
RESUMO
Os fitoterápicos são definidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como aqueles que são obtidos a partir de derivados vegetais e que os riscos, os mecanismos de ação e onde agem no nosso corpo são conhecidos, com isso, a implementação de Boas Práticas de Fabricação (BPF) é discutida como uma etapa fundamental para assegurar a qualidade e a eficácia dos produtos fitoterápicos, incluindo procedimentos de produção, armazenamento e rastreabilidade. O presente trabalho aborda a temática da estabilidade, controle de qualidade microbiológico e físico-químico de produtos fitoterápicos manipulados com foco no estudo da libidibia ferrea (Jucá) e a implementação de Boas Práticas de Fabricação (BPF). A pesquisa abrange análises detalhadas sobre a importância dos produtos fitoterápicos na medicina alternativa e os desafios associados à garantia de sua eficácia e segurança. O estudo de estabilidade é abordado como um componente crítico da qualidade dos produtos fitoterápicos manipulados, avaliando a degradação de componentes ativos ao longo do tempo e as condições ideais de armazenamento. O objetivo deste trabalho foi assegurar a segurança e eficácia através de análises físico-químicas e microbiológicas realizadas no creme fitoterápico a base do extrato de jucá. As análises físico-químicas demonstraram homogeneidade na densidade, estabilidade após análise de centrifugação e pH dentro da faixa fisiológica. Em testes microbiológicos evidenciou-se a presença de uma UFC (unidade formadora de colônia) para fungos, o que não compromete a eficácia, segundo a farmacopeia Brasileira. Contudo, foi identificado a presença de S. aureus, o que reprova o produto fitoterápico. Tais resultados demonstram a importância ao uso correto das boas práticas de fabricação (BPF) para a manipulação de produtos fitoterápicos.