Autoria de:  Mayla Andra de Andrade Santiago        

Orientação de: Prof. Dr. Alan Barroso Araújo Grisólia     

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Fibra, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.

RESUMO

No ambiente hospitalar existe um setor para o tratamento de pacientes graves, especializado e específico para determinado tipo de doença ou intervenção, como as UTIs cardiológicas. Em consequência do perfil dos pacientes, o consumo de medicamentos é elevado, incluindo o uso de psicotrópicos. O objetivo do presente estudo foi avaliar o perfil de uso dos psicotrópicos em uma UTI Cardiológica, visando avaliar o perfil de pacientes internados, a prevalência e padrão de consumo de psicotrópicos, identificação de não conformidades e descrever PIM envolvendo psicotrópicos. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e abordagem quali-quantitativa, referente a análise de prescrições de medicamentos psicotrópicos direcionados a pacientes internados em uma UTI cardiológica adulto de um hospital particular em Belém-Pará. Os dados foram coletados num período de julho a outubro de 2022, para a análise utilizou-se técnicas de estatística descritiva. Foram avaliadas 74 prescrições. Houve uma prevalência de pacientes do sexo masculino (68,92%), idade ≥ 61 anos (51,35%) e hipertensão como a principal comorbidade (50,63%). Em relação ao uso de psicotrópicos, observou-se 103 fármacos prescritos, 28,37% receberam associação de mais de uma classe dos referidos medicamentos. 97% não utilizavam psicotrópicos antes da internação. Os ansiolíticos foram os mais prevalentes (45,63%). No entanto, a Fenitoína foi o medicamento mais utilizado (45,94%), seguido do Midazolam (23,30%) e Bromazepam (10,18%). Observou-se 20 prescrições (27,03%) apresentavam não conformidades. Em relação as PIM, constatou-se um total de 146 interações no geral e 55 interações diferentes, a maioria classificadas como grave (72,72%). Conclui-se que os resultados obtidos mostram uma alta prevalência de uso de psicotrópicos, reforçando a necessidade do uso racional de medicamentos, competindo ao profissional farmacêutico a promoção de medidas que minimizem problemas relacionados a medicamentos, buscando promover uma farmacoterapia mais segura e eficaz.