Autoria de: Clicia Nayane Prestes Barroso e Derek Lima da Silva
Orientação de: Prof.ª Dr.ª Amanda Gabryelle N. Cardoso Mello
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Fibra, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia
RESUMO
A automedicação é o ato de ingerir um medicamento sem a orientação de um profissional da saúde, o que pode acarretar possíveis efeitos adversos leves ou graves. Durante a pandemia, causada pela doença do coronavírus (COVID-19), foi observado o consumo de determinados medicamentos que teoricamente poderia trazer cura ou prevenção, contra o vírus. Uns dos perfis da população que fizeram a automedicação foram os idosos, grupo mais vulnerável aos efeitos indesejáveis, visto que o envelhecimento reduz a capacidade de biotransformação. Soma-se a isso polimedicamentação deste grupo, o que pode levar a possibilidade de interações medicamentosas. Assim, esse estudo tem como objetivo avaliar a automedicação em idosos durante a pandemia da Covid-19 do município de Belém, Pará. Trata-se de um estudo transversal descritivo, com pessoas da cidade de Belém do Pará, na faixa etária entre 60 a 80 anos, de ambos os sexos, os quais serão submetidos a perguntas por questionário eletrônico (Google Documents), a partir do consentimento de aceite para participar da pesquisa. Os dados coletados foram tabelados no programa Excel 2010 e apresentado como média e desvio-padrão. As variáveis categóricas serão comparadas pelo Teste do Qui-quadrado com o intuito de comparar as duas amostras, cada uma com duas ou mais categorias ou atributos. Além deste teste, será aplicado o Exato de Fisher, para assim calcular a probabilidade exata de se obter, ao acaso, os resultados observados. Para isto, será necessário que os dados estejam em duas amostras independentes. Os resultados mostraram que a maioria dos participantes eram mulheres, residiam acompanhados (a) e não possuíam plano de saúde. Foi observado que um número significativo de pessoas fizeram uso de um medicamento como forma de “prevenção” para covid-19. Destacou-se, que os medicamentos mais utilizados foram a ivermectina, vitamina C, vitamina D, azitromicina e Hidroxicloroquina. Conclui-se, o problema é universal e de grande proporção. Neste sentido, é impossível acabar com a automedicação, uma vez que esta prática perpassa há alguns séculos e esta inserida na sociedade moderna. Porém, ela pode ser diminuída, por profissionais farmacêuticos que se comprometem em orientar e sensibilizar para que o paciente faça uso, da melhor maneira possível, do medicamento.