Autoria de: Dayse Vanessa Araújo Neves, João Bosco Barbosa Bastos Junior e Suemy Sacramento de Souto.
Orientação de: Prof.ª Mª Maria Do Perpétuo Socorro Dionízio Carvalho da Silva.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Fibra, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.
RESUMO
O papiloma vírus humano (HPV) é a infecção sexualmente transmissível de maior incidência global. A transmissão ocorre sexualmente ou por contato pele a pele e um dos problemas associados a isso é o aparecimento de verrugas no ânus e nas genitais. Pelo menos 12 tipos de HPV são considerados oncogênicos, os que possuem alto risco são os tipos 16 e 18 e estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. A vacinação em homens diminui a propagação da doença, além disso, o HPV representa um fator de risco relevante para o desenvolvimento de câncer de pênis. Dessa forma, a cobertura vacinal é um tópico pertinente a ser abordado neste estudo, pois a vacinação contra o vírus HPV ainda é um desafio para as equipes de saúde. Objetivos: Caracterizar a cobertura vacinal de HPV em crianças e adolescentes de 9 a 14 anos de idade, no período de 2018 a 2022 do Município de Belém. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), foram coletados os registros das doses da vacina HPV administradas em meninos e meninas, nas faixas etárias entre 9 e 14 anos de idade do município de Belém no período de 2018 a 2022. A coleta de dados foi realizada por meio do aplicativo desenvolvido pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) o TABNET – Imunizações, que gera um arquivo tabular. Após selecionar todas as opções o resultado da tabulação gera uma tabela de acordo com as informações que foram selecionadas. Desta forma, os dados coletados foram tabulados, interpretados, processados e analisados por meio da estatística descritiva. Resultados: Verifica-se que em todos os anos, a maior taxa de cobertura vacinal, entre as meninas, foi na idade de 9 anos com 46,4% de cobertura vacinal em 2018 e 64,8% em 2019. Nos anos de 2019 e 2021, a taxa de cobertura vacinal das meninas foi de 1,8%, independentemente da idade. Entre os meninos, observa-se que em 2018 e 2019, as maiores taxas de cobertura vacinal foram nas idades de 11 anos, com 44,8% e 49,0%, respectivamente. Nos anos seguintes, as maiores taxas de cobertura vacinal foram entre os meninos com 9 anos de idade, com taxas de 88,2% em 2020, 97,1% em 2021 e 99,5% em 2022. Desse modo, constatou-se que a cobertura vacinal de meninos em Belém foi alcançada, diferente do sexo feminino que apresentou grande déficit relacionado a cobertura vacinal. Conclusão: Considera-se que os objetivos foram alcançados, pois foi possível obter a cobertura vacinal de HPV de 2018 a 2022, além disso, a partir dos dados obtidos ratificou-se a comparação entre estudos anteriores o que resultou na percepção de que a cobertura vacinal de HPV em meninos demonstrou maior taxa na cobertura vacinal.