Autoria de:  Angélica Silva da Costa, Jônatas Quadra de Carvalho e Taynara Macedo Soares  

Orientação de: Prof.ª Mª Maria Do Perpétuo Socorro Dionízio Carvalho da Silva.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Fibra, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

RESUMO


Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica que atinge no mundo um grande número de pessoas de diferentes idades e condições sociais. O Diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, onde a falta leva a déficit na metabolização da glicose e consequentemente o aumento dos níveis de açúcar no sangue. O DM2 se desenvolve devido a uma resistência à insulina que surge ao longo da vida e que pode estar ligada a maus hábitos alimentares, juntamente com a falta de letramento sobre a doença onde se reflete no agravo, levando a piora do quadro clínico das complicações agudas e crônicas, e de caráter incapacitante, onde compromete a qualidade de vida dos seus portadores, requerendo tratamentos complexos e extrema onerosidade ao sistema de saúde. Objetivo: Analisar o grau de Letramento em Saúde (LS) de Diabetes tipo 2 de pacientes portadores dessa doença em uma Unidade Municipal de Saúde. Métodos: O estudo se trata de uma pesquisa de campo, com abordagem quanti-qualitativa, com objetivo descritivo e de caráter transversal. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, pelo N° do Parecer: 6.152.441 e CAAE: 69473523.8.0000.8187. Foram entrevistados 202 pacientes com diagnóstico de DM2 de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos, com intuito de analisar o grau de LS de DM2 desses pacientes. Resultados: Os resultados do estudo foram compostos, em sua maioria, por pessoas do gênero feminino, com idade maior que 60 anos, baixo nível de escolaridade e poder aquisitivo de um a dois salários mínimos, com tempo médio de diagnóstico superior a 10 anos. Ao tratar-se de autocuidado, obteve-se uma maior prevalência para as atividades relacionadas a terapia medicamentosa e a prática de atividade física, acompanhado de um maior percentual de entrevistados que não possuíam letramento adequado sobre o DM2. Conclusão: A população estudada evidenciou um baixo nível de LS sobre a doença, suas comorbidades e tratamentos, porém ainda ficam claros os fatores que interferem na possibilidade desses pacientes realizarem com eficácia os autocuidados necessários. Tais fatores limitam a aplicação e execução correta de alimentação, cuidado corporal, administração medicamentosa e realização do tratamento de forma regrada e sem desvios.