Autoria de: Leticia Salviano Da Costa Figueiredo e Mariane Rodrigues Cordeiro
Orientação de: Prof.ª Mª Débora Talitha Neri
Coorientação de: Prof. Me. Manoel Samuel da Cruz Neto
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Fibra, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem
RESUMO
O diabetes mellitus é uma das doenças crônicas não transmissíveis mais frequentes no mundo, sendo a quarta principal causa de morte. Além disso, o diabetes mellitus é preocupante devido suas crescentes taxas de mortalidade e também pelo custo econômico associado à doença. Os pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 produzem insulina, mas suas células não conseguem utilizá-la adequadamente caracterizando a resistência à insulina. Devido à complexidade da doença o enfermeiro que presta assistência ao paciente com diabetes mellitus é de extrema importância ao tratamento do paciente, pois é um profissional capacitado a realizar consultas de enfermagem, curativo, exame físico dos pés, acompanhar o controle glicêmico do paciente entre outras atividades. Objetivo: Descrever o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes diabéticos atendidos no ambulatório de ensino em saúde de um Centro Universitário. Metodologia: Trata-se de um estudo de pesquisa de campo retrospectivo e descritivo de abordagem quantitativa com 38 prontuários de pacientes maiores de 18 anos portadores de diabetes mellitus, que realizaram atendimento de enfermagem no período de janeiro de 2018 a dezembro de 2019 no ambulatório de ensino em saúde do Centro Universitário Fibra, localizado no município de Belém/PA. Para a coleta de dados foi utilizado um formulário para coletar informações referentes ao perfil epidemiológico e clínico dos pacientes diabéticos. Os dados foram armazenados no programa Microsoft Office Windows Excel e demonstrados através de gráficos e tabelas, por meio de frequência relativa e absoluta. Resultados: Após análise estatística descritiva, encontrou-se no perfil sociodemográfico 55,26% com idades entre 40 e 59 anos, sendo 65,78% do sexo feminino, 36,84% com ensino fundamental incompleto, 23,89% relataram ter diversos tipos de ocupação formal, 42,10% com renda de 1 salário a 1 salário mínimo e meio, 44,73% casados. No perfil clínico 57,89% relatam ter hipertensão como outra comorbidade associada ao diabetes, 21,05% realizavam acompanhamento médico frequente, 68,42% realizavam o tratamento medicamentoso, 18,42% controlam a glicemia capilar, 07,89% apresentaram calosidades nos pés, 21,06% apresentam lesões nos membros inferiores, 15,79% são amputados, 44,73% apresentaram pele desidratada. Dentre os hábitos sociais, 10,52% são tabagistas, 28,95% etilistas e 47,37% praticam atividades físicas. Dentre os aspectos socias e ambientais, 31,57% relataram ter o piso escorregadio nas suas residências, 42,10% tem o piso irregular em suas casas, 55,26% relatam ter boa iluminação no seu domicílio e 97,36% relataram não ter cuidador formal e nem informal. Conclusão: O delineamento do perfil epidemiológico e clínico contribuiu para investigar as características do acometimento da diabetes mellitus e as vulnerabilidades sociais dos pacientes, alcançando assim os objetivos desta pesquisa de grande relevância para o meio científico, para os gestores de serviços de saúde e sociedade de modo geral, espera-se que esses resultados contribuam como indicadores do diabetes mellitus na Região Metropolitana de Belém e consolidem estudos sobre a temática.