Autoria de: Barbara Cristina Rodrigues Brasileiro, Bianca Brabo de Leão e Dandara Helena Borges Muniz
Orientação de: Prof.ª Dra. Sônia Cristina De Albuquerque Vieira
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Fibra, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo conhecer o processo de saúde-doença entre as mulheres reclusas no Centro de Reeducação Feminino (CRF), em Ananindeua – Pará. As prisões se constituem como um ambiente adoecedor, oferecendo inúmeros riscos à saúde das pessoas privadas de liberdade; situação esta, sustentada pelo “descompasso entre a previsão constitucional de acesso, formal e generalizado, à saúde como um direito fundamental, e a desigualdade material decorrente das desigualdades estruturais do sistema capitalista, neoliberal”. Na busca por um olhar diferente à situação de saúde das mulheres privadas de liberdade, em que se destacaram estudos voltados para as questões obstétricas e maternas, evidenciou-se as perspectivas antropológicas, com as quais as autoras obtiveram identificação de imediato, através da teoria do cuidado cultural e que foi utilizada como método de análise. Para tanto, se constitui enquanto um estudo exploratório-descritivo de abordagem qualitativa guiada pelo método hipotético-dedutivo, em que foi realizado pesquisa de campo no Centro de Reeducação Feminino, de Ananindeua-PA, a partir de entrevista semiestruturada com os profissionais de enfermagem e de pesquisa documental, realizada nos prontuários médicos das mulheres em regime fechado, no presídio de estudo. Os resultados obtidos foram analisados no modelo do sol nascente da teoria do cuidado cultural e traçado, pela representação de gráficos, o perfil epidemiológico das mulheres reclusas. Portanto, a saúde das mulheres reclusas se mostrou ligada ao sistema profissional de saúde e com as práticas de cuidado desenvolvidas; a doença é associada aos fatores estressores inerentes ao contexto do encarceramento.